ESTUDANDO A PALAVRA

ESTUDANDO A PALAVRA

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Buscando a Verdadeira Unidade

Exposição da Palavra.
Carta de Paulo aos Colossenses.
Introdução: O que você faria se ao chegar no culto da Igreja e encontrasse um budista sentado ao lado do pastor? O que pensaria se visse um padre católico romano ministrando a eucarístia nesta Igreja? E depois, um momento animado de louvor com o seguidores de Confúsio? O que faria se um “pastor da universal” no momento de interssão estivesse expelindo demônios? Ou um espírita fazendo passe em todas as pessoas que entrassem na Igreja? E você chegasse e me perguntasse o que significava tudo aquilo? E a resposta que lhe dissesse fosse a seguinte: Meu irmão, minha irmã precisamos viver unidos com os que pensam em religião de forma distinta da nossa maneira de pensar; pois, o cristianismo é mais uma alternativa de salvação dentre tantas, pois, todos adoram a Deus!
Se eu conheço bem o meu povo, vocês diriam que estava tudo errado. E eu perguntaria por quê? E a reposta talvez fosse: eles não creem no sacrifício suficiente de Cristo para salvar o homem; eles não adoram a Deus de fato! Eles praticam abominação. O padre católico ensina a salvação universal de todos homens por meio dos sacramentos, a eucarístia é de fato uma trasmutação dos elementos no corpo de Cristo; e ainda, o espírita diz que precisamos de boas obras para chegarmos ao céu. O cara ali da universal ensina que se estamos em situação financeira e de saúde perigosa é porque estamos em pecado. Eu olharia para você e lhe perguntaria: Qual é a diferença destas religiões para o arminianismo? Você teria uma destas atitudes:
1) se calaria porque entendeu o que eu disse.
2) Ou tentaria ameniazar a questão do armininismo aceitando-o como uma expressão religiosa correta.
O grande problema nosso é o sincretismo religioso que abraçamos em nome da unidade nós não desafiamos os homens que pensam contrário ao ensino bíblico; pensamos que o sistma do arminianismo é correto e por isso, nos calamos, fechamos a nossa boca até o aceitamos em nossa mesa de comunhão! Tudo em nome de uma Busca pela verdadira união cristã.

Elucidação: A carta que temos diante de nós é importante, pois, trata especificamente deste tipo de problama:
a) Autoria: 1. Paulo; 2.) Deutero-Paulina (Bultman). Todavia, a carta deve Ter sido escrita por paulo conforme 1.1 – “eu Paulo, escreve essa saudação de próprio punho..”
b) Local da Escrita: Ele estava na prisão (Cap.4.3,10,18) provavelmente em Roma.
c) A data da Escrita: 60 d.C,
d) Propósito rejeitar o sincretismo religioso dos Colossenses: Pois, estavam fundindo a filosofia grega com o judaísmo, e assim, destruindo o valor e poder do Cristianismo.
Diante disso quero refltir com os irmãos obre o seguinte tema:

Tema: Buscando a Verdadeira unidade.

Texto Bíblico:

“ Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, por vontade de Deus, e o irmão Timóteo, 2 aos santos e fiéis irmãos em Cristo que se encontram em Colossos, graça e paz a vós outros, da parte de Deus, nosso Pai.” (Cl.1.1-2).

Exposição Bíblica.

O apóstolo Paulo começa esta carta da forma mais convencional possível que nós conhecemos em todas as suas epístolas. Ele nesta saudação evidencia o seu nome; isto por si só é suficiente para destruir todas as ideias que questionam a autoria de Paulo sobre esta carta; ele de fato escreveu a epístola que temos diante de nós.
Mas, é bom que se diga que esta igreja não foi fundada por Paulo, todavia, ela busca a jurisdição apostólica de Paulo, embora esta comunidade nunca tenha visto o apóstolo pessoalmente. Tendo estas informações fica-nos claro a próxima sentença:

Vs. 1 - Apóstolo de Cristo Jesus - “apóstolos Christou Iesou” no grego – O que é um apóstolo? A palavra no grego carrega um sentido lato e outro estrito; pode significar “todo o crente que leva a mensagem do evangelho de Deus”, ou pode significar aquele que foi testemunha ocular dos sofrimentos de Cristo e de sua ressurreição.” Paulo agora dirige-se aos crentes dizendo que ele é de fato um apóstolo no sentido estrito do termo. Ele de fato foi vocacionado para ser o mensageiro do evangelho, mas sua autoridade estava fundamenta no testemunho ocular que ele tivera do Cristo ressurreto.
A expressão de “de Cristo Jesus” evoca o senhorio de Cristo sobre a vida do apóstolo, pois, como mensageiro ele deve de fato deveria reproduzir e anunciar as palavra de Cristo Jesus à igreja que ali estava estabelecida; não pode haver de fato mensageiros em relação ao Evangelho sem que não se submeta ao senhorio de Cristo. Ele é senhor e nós lhe pertencemos por criação e por redenção, Paulo vai nos mostra isso de maneira surpreendente nesta epístola; pois, em Cristo “tudo subiste” e estamos no seu reino (1.13 – fomos transportados das trevas para reino de Cristo); então, o senhorio de Cristo é ressaltado aqui na saudação paulina à igreja dos Colossenses.
Algumas verdades se desprendem aqui diante de nós. A busca da verdadeira unidade cristã não pode estar baseada no que pensamos ou achamos do cristianismo; alguém pode dizer: fulano pensa de tal forma – equivocada a respeito da cruz – mas ele é um cristão! Queridos para se ter uma autêntica unidade não se pode pensar menos de Cristo Jesus. Ele de ser visto como
1 – Senhor da Igreja – “mensageiro de Cristo” é isso que o apóstolo nos diz, pois, para manifestar de fato unidade na Igreja não posso criar a minha mensagem, mas preciso reproduzir repassar e ensinar a mensagem que não me pertence – a mensagem de Cristo! Este é o ponto aqui.
2 – Cristo é governador de nossas ações: ele não só ordena o que devemos fazer, mas governa tudo conforme vamos fazer. Cristo é tudo! Queridos se a cruz de Cristo não for contemplada como sendo a manifestação plena de sua soberania sobre o pecado; então, o que nos resta? Cristo na cruz está anulando o escrito de dívidas (Cl.2.15) que era contra nós! Se a cruz não salva realmente ninguém, como propõe o sistema arminiano, então que Cristianismo temos? Cristo é senhor até na cruz! Pois, ali nasceu a mensagem poderosa do Cristianismo.
Mas, Paulo não termina por ai a sua saudação ele continua dizendo :
“pela vontade de Deus” – dia thelematos Theou – Paulo agora mostra aos seus leitores a origem de sua vocação. Onde nasceu a vocação do apóstolo? Vimos que a sua mensagem nasce na cruz de Cristo, por isso, ele é mensageiro de Cristo Jesus, mas agora temos a questão de sua vocação apostólica. O centro da vocação é a vontade de Deus.
Ele não se intrometeu no mistério por sua própria vontade – mas pela vontade de Deus – algumas coisas se nos apresenta aqui:
1. Paulo é apóstolo porque a Soberania de Deus assim determinou: Paulo mostra que apesar de os seus leitores não o terem conhecido pessoalmente; ele era o que era pela vontade Soberana de Deus; o conforto de Paulo estava nesta firme verdade. A busca pela unidade dentro da Igreja deve visar a compreensão de que tudo nasce pela vontade de Deus. Ou seja, cada pessoa dentro da comunidade da fé deve crer e aceitar que a vontade soberana de Deus governa tudo e todos.
2. Paulo sabia que esta vontade de Deus é santa e boa: Quando Paulo se nomeia como apóstolo trazido à existência pela vontade de Deus está pressuposto que esta vontade de Deus é santa; ora, um Deus santo separa homens para anunciar a sua palavra os pecadores, um Deus dá a Lei para que a guardemos. Então, nada que não seja santo brota desta vontade soberana de Deus; em segundo lugar, está pressuposto que ela é uma vontade boa – embora tudo seja decretado por esta vontade soberana de Deus, devemos vê-la como sendo boa e agradável. Pois tudo glorifica a ele.

e o irmão Timóteo – Quem é Timóteo nesta sentença? Alguns sugerem que ele também era uma apóstolo; no sentido lato sim ele era um apóstolo pois anunciava a mensagem de Cristo, mas aqui não há dúvidas Timóteo é citado em lugar distinto, a ele não lhe conferido o título de apóstolo, mas de irmão! Note que coisa graciosa temos aqui Paulo chama o seu auxiliar de Irmão que grande lição de unidade! Timóteo poderia querer reclamar os títulos aplicados a Paulo, mas ele se mostra como de fato deve ser em Cristo um irmão. Também vemos como o apóstolo nos apresenta que não deve haver o desejo de hierarquia eclesiástica dentro da igreja de Cristo.
Todos nós sabemos que as divisões começam por esse caminho. A busca de títulos e de cargos dentro da igreja. Nós sabemos que Timóteo era presbítero ( pastor) na Igreja de Éfeso e que poderia muito bem evocar este título para ser colocado na saudação da carta em apreço, mas ele dignifica o Cristianismo ao deixar ser identificado como adelfos = irmão.
A verdadeira unidade é manifestada quando deixamos de lado os nossos títulos, os nossos sobrenomes e os nossos cargos para deixar fluir entre cada um de nós o desejo e o reconhecimento legítimo de que somos todos nós irmãos em Cristo Jesus.

Vs.2 - 2 aos santos e fiéis irmãos em Cristo que se encontram em Colossos, graça e paz a vós outros, da parte de Deus, nosso Pai.” (Cl.1.1-2).

Agora Paulo começa a aprofundar-se na questão sobre a verdadeira unidade dentro da Igreja. Ele começa apresentando algumas qualidades fundamentais que manifestam de fato a verdadeira busca pela unidade cristã.

aos santos – Paulo diz que estes crentes são “santos” isto implica dizer que são separados. Paulo não pensa duas vezes, ele diz que a verdadeira unidade dentro da Igreja não é a busca pelo sincretismo religioso, mas uma vida de santidade! Ser separado do erro, pois, os erros doutrinários leva a erros éticos e morais. Paulo qualifica estes crentes como sendo santos. O termo grego “hagioi” significa separado de; e consagrado para. Os crentes foram separados do mundo e de suas vãs filosofias; e consagrados para Deus. São dedicados a Deus. O mundo é marcado por pecado e cristão pela busca de santidade.

E fiéis irmãos - A Segunda característica do cristão, segundo Paulo, é que eles são dignos de confiança e são leais. O que está implícito aqui queridos? Está implico a responsabilidade do cristão em lutar contra o sincretismo religioso. Ora, nós somos leais ao evangelho de Cristo? O evangelho que não pode ser misturado com elementos humanos. E se estamos vendo que o evangelho está sendo misturado por elementos humanos devemos nos levantar contra tais promotores de um evangelho que não é o Evangelho de Cristo Jesus conforme revelado nas Escrituras devemos nos opor contra isso. A nossa luta deve ser pela pureza do Evangelho é nossa natureza que reclama isso, é por sermos o que somos que devemos agir assim, não podemos sacrificar o evangelho e a sua mensagem por causa de uma falsa unidade. A verdadeira unidade reclama por homens e mulheres fiéis que combatam tudo que vise ofuscar a glória de Cristo! Aqui está a nossa tarefa sermos de fato “fiéis irmãos” guardiões da verdade de Deus revelada no evangelho.
Mas surge-nos uma pergunta: onde somos santos e fiéis? Alguém poderia responder que na Igreja. Ou mesmos no desejo de vontade e disposição para fazê-lo e sê-lo. Não. O Evangelho toda glória de nós e de nossos esforços humanos e falhos e o coloca de fato onde ele deve estar. Nós somos santos e fiéis somente, e apenas, em Cristo Jesus.
Você não é fiel ao Evangelho simplesmente porque você quer ou porque tem um bom argumento; porque é um bom apologeta. Não! É Por causa de Cristo. Em Cristo somos santos, pois, ele se tornou da parte de Deus a nossa real santificação. Cristo é o centro de nossa vida Cristo. Nós não nos matemos fiéis as Antigas Doutrinas da Graça porque temos um liderança fiel ou porque lemos livros que falam destas doutrinas, mas porque Deus e somente Deus em Cristo nos tem mantido perseverantes.
Se o nosso Cristianismo dependesse da nossa santidade pessoal para continuar existindo já teria sucumbido junto com outras religiões, mas não sucumbiu porque Cristo é centro do Cristianismo.
Aqui o apóstolo quer relembrar os seus leitores que a vida santa e a fidelidade que o Cristianismo manifesta só é possível quando se estar em Cristo Jesus. Mas qual é a implicação disto? É que se não se estar em Cristo o homem ainda continua em seus pecados, perdido arruinado em miséria e em perdição total. Sem Cristo o homem não é digno de confiança, não se pode confiar em um homem que não está alicerçado em Cristo! O ímpio é alguém que não merece crédito, pois, não tem um coração regenerado pelo Evangelho e pelo Espírito Santo.
Paulo localiza onde estes “santos e fiéis irmãos em Cristo” estão: “em Colossos” é uma pequena sentença mas tem muito a nos dizer. Onde aqueles crentes deveriam manifestar uma vida santa e fiel? Em sua cidade. O Cristianismo não fica trancafiado em quatro paredes ele sai dos seus limites para conquistar os corações dos homens. Primeiro pela sua vida – uma vida santa, reta diante de Deus; e segundo, com a defesa de sua fé – pois, são tratados com fiéis em cristo, ou leais em Cristo; esta é a tarefa da Igreja. Manifestar santidade no local onde ela se encotra. Aqui não se fala de isolar-se ser uma igreja que não se envolve com na sociedade; o cristianismo conqueista a cultuara para Cristo, nós não precisamos criar uma cultura, um linguajar nosso, um música nossa – gospel ou evangélica – nós precisamos nos envolver onde nós estamos valendo-se do nosso testemunho de vida e de voz! Este é o ensino de Paulo aqui. A Igreja estava em Colossos manifestar santidade e fidelidade em um mundo onde a moralidade era baixa, onde a fidelidade era questionada! Não é diferente em nossos dias.
graça e paz a vós outros, da parte de Deus, nosso Pai.”-
Agora chegamos a parte final da saudação do apóstolo o apóstolo encerra esta saudação mostrando de forma maravilhosa a unidade que a igreja deve buscar. Ele apresenta uma saudação que indica e ordena a unidade dentro da Igreja. A graça um saudação comum dada no mundo gentílico e a paz saudação comum entre os judeus; todavia, o conceito de ambos os termos ultrapassam esta definição.
O termo “graça” (charis) indica favor imerecido. A unidade da Igreja deve fundamentar-se somente na graça de Deus que os congregou para desfrutar da alegria e da graça da redenção trazida por Cristo Jesus sem méritos humanos, o estar unidos aqueles que antes eram inimigos de Deus e uns dos outros, de fato, é fruto da graça redentora de Deus.
O termo “paz”(eirenê) conforme temos aqui diante de nós reproduz o sentido de shalom no hebraico, originalmente significa “ficar intacto” , “não ser quebrado” a paz é o vinculo fundamental para manter a unidade dentro da igreja de Cristo. Não há unidade se todos vivermos degladiando-se uns com os outros dentro da Igreja; ou mesmo tentado aceitar ideias contrárias aquilo que a Bíblia ensina.
Onde nasce esta graça e esta paz? Ou melhor de onde procede tal graça e tal paz? Paulo reponde de Deus que é pai. Deus é apresentado aqui porque quer ver a sua igreja de fato unida como filhos amados.

Conclusão: Vivemos em um mundo que quer nos obrigar a abrirmos mãos de nossas crenças para que assim façamos uma aceitação de toda e qualquer doutrina ou comportamento moral e éticos contrários a palavra de Deus; e muitos se iludem buscando este caminho como se fossa a melhor saída, na verdade a única saída é aceitando os termos de unidade apresentadas nas Escrituras tendo Cristo como centro de todo o nosso Cristianismo.

A IMPORTÂNCIA DE SE PREGAR O EVANGELHO DE DEUS.

A IMPORTÂNCIA DE SE PREGAR O EVANGELHO DE DEUS.
Romanos 1.16-17.
Por: João Ricardo Ferreira de França[1]
Introdução: Os versículos de 1-15 nós temos a introdução desta epístola; o apóstolo apresta-se como tal e desenvolve toda a sua tônica sobre o que irá tratar. A introdução desta magnifica carta é altamente teológica, há pessoas que dizem que se todos os livros da Bíblia fossem destruídos, mas nos restasse apenas a carta de Romanos ainda assim teríamos o evangelho de forma clara e cristalina. É verdade, não há como ler esta carta sem vê nela o evangelho da graça soberana de Deus.
O tema ou a tese principal do apóstolo se encontra nestes dois gritantes versículos – Primazia do Evangelho de Deus. Este é o tema da carta. Por que Pregar o Evangelho? Aqui o apóstolo nos apresenta de forma bela a suficiência do evangelho de Deus. Como ele faz isso. Ele começa com termos negativos “Não me envergonho do evangelho...” haveria algum motivo para isto em Paulo? A resposta é que tanto os judeus quanto gregos ambos desprezavam o evangelho de Deus, mas Paulo não se envergonha deste evangelho. E por causa disto, por suficiente, este evangelho deveria ser proclamado. A pergunta é: Por que o evangelho deve ser proclamado?
I – O evangelho deve ser proclamado porque ele não é motivo de vergonha para o cristão. (vs.16a)
Observem como Paulo começa o seu texto “Pois não me envergonho do evangelho,”o verbo grego “envergonhar” epaischynomai está no modo indicativo e no tempo presente, ou seja, ele não tinha uma atitude de estar se envergonhando do evangelho – não era algo habitual – ele jamais se envergonhava, pois, o modo indicativo nos leva a essa consideração. Mas do que ele não se envergonha? “do evangelho” - (tò euangelion). O que isto significa? Significa que ele não se envergonha da mensagem, pois, o evangelho é a própria mensagem de Deus ao homem. O que é o evangelho? A palavra carrega o sentido de boa notícia, você se envergonharia de dar uma boa notícia? A pregação do evangelho é a boa notícia. Não produzida pelos homens, pois, Paulo nos ensina que o evangelho tem sua origem em Deus; e a notícia de Deus ao homem. São boas novas, não pode haver vergonha no anuncio do evangelho de Deus ao mundo. Mas o evangelho é a manifestação da graça soberana de Deus aos homens, pois, é a única mensagem que pode comunicar salvação aos pecadores; a igreja tem essa mensagem e precisa anunciá-la e não deve inibir-se. Note não é qualquer mensagem que anunciamos, mas é a boa notícia que Deus nos deu para anunciarmos aos homens, “paz na terra boa-vontade para com os homens” este é o sentido do evangelho, este evangelho é a mensagem sobre o amor de Deus sobre os pecadores. Aqui está um bom estímulo para a evangelização é que a mensagem da Igreja vem de Deus. Você não precisa falar as suas palavras, mas precisa apenas falar o evangelho de Deus.
II – Paulo também nos apresenta o motivo para não se envergonhar do evangelho.(vs.16.b)
Qual o motivo leva a Paulo não se envergonhar do Evangelho? Por que não devemos nos envergonhar do Evangelho? Paulo nos diz: “porque é o poder de Deus para a salvação” a razão é que este evangelho que a igreja recebeu de Deus para proclamar é o próprio poder de Deus para a salvação. Deus salva através da mensagem do evangelho. Este é um fato imperativo nas Escrituras (1Co.1.21 – aprouve a Deus salvar os crêem pela loucura da pregação). Qual é a implicação disto queridos? É que o próprio evangelho é o poder de Deus, não se prega o evangelho com poder, mas o evangelho é o poder para salvar, não preciso do apelo – quem quer aceitar Jesus para Ter a salvação – mas apenas o proclamar o evangelho é o poder de Deus para manifestar a salvação aos pecadores.
O que significa “o poder de Deus”? O que Paulo quer dizer com isso? Não posso entender de outro modo senão que refere-se ao “poder que pertence a Deus” .- isto humilha os pregadores! Nós não convertemos ninguém pela nossa oratória, por nossa impostação de voz, mas é apenas o poder de Deus que salva os pecadores. O termo grego aqui é “dynamis” este substantivo indica o mover dinâmico de Deus no evangelho – ou seja, há vida sendo conferida no evangelho que vem de Deus. Este poder de Deus é caracterizado como um dos atributos de Deus, isto significa que este evangelho é o da onipotência divina operando a salvação. Alguns dizem que o nosso Deus é muito pequeno em relação ao que é apresentado na mídia, pois, o da mídia faz milagres de forma poderosa, mas o nosso nada faz. Tolice! Quão pobre é esta concepção do poder de Deus. Irmãos saibam de uma coisa quando o evangelho é pregado as tumbas são abertas e os mortos são trazidos à vida, a onipotência de Deus traz vida eterna a um pecador perdido – se isto não é o poder de Deus, então o que é? – O evangelho é o poder de Deus! O simples fato de Ter uma alma redimida e rendida aos pés de Cristo é a evidência crucial de que o poder de Deus operou eficazmente na vida do pecador.
Paulo nos diz que o evangelho é poder “para a salvação”. Como devemos entender o termo “salvação”? O termo grego soterian- deve ser entendido como aquela salvação que nos livra da morte e do pecado, e nos introduz na justiça e na vida. Ou seja, pelo evangelho que é o poder de Deus para a nossa salvação somos tirados do “império das trevas e transportados para o reino do filho de seu amor” (col.1.13)
Mas, outra questão crucial se levanta sobre este texto: O poder salvador do evangelho é destinado a todos? A resposta é negativa. O apóstolo nos informa que o “evangelho é o poder para salvação” não de todos os homens, mas do “todo aquele que crê”- panti tôn pisteuonti – o verbo “crer” no texto grego é um particípio presente – o particípio indica uma ação passada e o presente indica continuidade – ou seja, o texto poderia ser traduzindo assim, “o evangelho é poder de Deus para a salvação do todo o que creu e continua crendo” – ou seja, os eleitos de Deus que em um dado momento creu na mensagem, mas que continua crendo no evangelho. O que estas palavras nos informam. Nos informam que a salvação nunca se torna uma realidade à parte da fé, portanto, a salvação sobre a qual Paulo irá discorrer nesta carta de Romanos não possui realidade, validade ou significado independente da fé. Então, qual é a tese do versículo 16? A tese é a seguinte: O poder de Deus que opera a salvação, por intermédio da fé, é fruto do evangelho da graça de Deus. Sem o evangelho não existe a fé – “a fé vem pela pregação”(Romanos 10.17). Esta salvação é proclamada pelo evangelho, que, na qualidade de mensagem, é a concretização do poder de Deus.
Quando Paulo diz que o evangelho visa à salvação de todo “aquele que crê” anula toda e qualquer particularidade nacionalista, racista; ou seja, tanto Judeu quanto grego podem participar desta salvação, sendo homem ou mulher pode haver salvação para os homens de todas a raças, tribos e cor. Ou seja, a mensagem do evangelho é universal – embora a salvação seja eletiva – mas o anuncio deve ser universal. O evangelho não é um convite para que os homens se arrependam dos seus pecados, é uma ordem de Deus que não deve ser negligênciada é uma notícia da mais alta importância e urgência – pecadores vocês devem crer na mensagem do evangelho de Deus!
III – O evangelho deve ser proclamado porque por meio dele a Justiça de Deus se revelada. (vs17)
Paulo agora passa a nos apresentar a razão porque o evangelho é o poder de Deus para a salvação. A razão basilar é que a “justiça de Deus se revela no evangelho”. Olhando para o texto podemos extrair quatro ideias principais:
1) O poder de Deus – É Deus que opera tudo em todos.
2) A salvação é de Deus – É somente Deus quem salva pecadores.
3) A revelação de Deus – É no evangelho que Deus se mostra como salvador.
4) E a Justiça de Deus – É pelo evangelho que Deus se mostra como justo.
Todos estes conceitos são extraídos do Antigo Testamento, Paulo não está ensinando uma mensagem diferente. Mas, o que ele está querendo nos ensinar com a expressão “a justiça de Deus se revela”? Esta justiça não deve ser entendida como sendo a justiça que puni, pois, para Paulo a justiça de Deus age de maneira dinâmica e ativa sobre a situação pecaminosa do homem; o que ocorre não é meramente que a justiça divina torna-se conhecida, quanto ao seu caráter punitivo, mas mostra que esta justiça se revela eficácia salvadora. A justiça de Deus torna-se redentoramente ativa, na esfera do pecado e da ruína dos homens.
Em que consiste esta justiça de Deus? É uma justiça- de – Deus. Deus é o seu autor. É uma justiça que satisfaz a todos os requisitos da justiça divina; o que Paulo está nos dizendo? É que apenas no evangelho encontramos a realidade da justificação.
Irmãos, é aqui que encontramos a glória do evangelho de Deus: Ele é o poder de Deus operando para a salvação, a justiça de Deus ultrapassa o nosso pecado e a nossa ruína, então, é nosso dever ouvir o evangelho, atendê-lo em suas exigências, pois, é Deus quem se revela a nós por meio dele.
Aplicação:
1) Irmãos jamais devemos nos envergonhar de proclamar o evangelho de Deus.
2) Devemos compreender que o evangelho é o poder de Deus para a salvação dos pecadores, isso nos deve humilhar, pois, apenas Deus pode salvar os homens.
3) Devemos levar em consideração os ministros da Palavra quando anunciam o evangelho, pois, estão manifestando a graça de Deus aos homens pela pregação.

[1] O Autor é Membro da Igreja Presbiteriana do Brasil, atualmente é candidato ao Sagrado Ministério pelo Presbitério do Recife está concluindo sua graduação em Teologia no SPN. É fundador e lidera a Congregação presbiteriana em Prazeres – Jaboatão dos Guararapes – PE.